Educação Socioemocional

A educação socioemocional é um tema que tem sido muito abordado este ano. O que poucos sabem é que ela começou a ganhar espaço depois que suas habilidades foram incluídas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A oitava competência geral diz o seguinte:

“Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.”

Nos últimos dois anos, crianças e adultos tiveram suas rotinas bagunçadas por conta da pandemia de covid-19, suas emoções foram totalmente emboladas. Muitos perderam entes queridos, tiveram que mudar de ambientes, e algumas crianças passaram a viver com outras pessoas por perda do pai e da mãe. No meio disso tudo, onde fica o cuidado com as suas emoções?

Algumas são encaminhadas para psicólogos, mas a grande maioria está sendo obrigada a dar conta disso tudo sozinha e sem saber por onde começar. Sabe onde tudo isso acaba caindo? Exatamente, na escola.

Quantas crianças tem ido às escolas com o emocional abalado e apresentando dificuldade em acompanhar as atividades escolares?

A criança não é somente um depósito de conteúdo, é também um ser dotado de sentimentos e emoções. Segundo a neurociência, a criança aprende melhor quando se sente acolhida, amada e, principalmente, quando o que está sendo ensinado tem significado para ela.

Tenho percebido que em 2022 muitas escolas têm se preocupado em incluir em sua grade um projeto socioemocional, seja por conta da BNCC, ou por perceber a necessidade em seus ambientes. Por isso resolvi passar por aqui e deixar a minha contribuição.

O livro “O monstro das cores” de Anna Llenas, tradução de Rosana de Mont’Alverne, tem conquistado o coração de muitos professores e crianças.

O livro conta a história de um monstro que não sabe o que se passa com ele. Faz uma bagunça com suas emoções e então precisa desembolar tudo. Será que ele vai pôr tudo em ordem?

É uma leitura leve e bem esclarecedora. Contribui para que as crianças aprendam a nomear suas emoções e, com a intervenção do educador, pode explorar cada uma delas através de uma roda de conversa para que fiquem a vontade para falar sobre o que sentem e a sua causa.

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Ana Costa